Qual o impacto do filme radiológico no faturamento hospitalar?

Para garantir um faturamento hospitalar preciso, entender cada procedimento e suas características é fundamental. Por isso, vamos começar nosso artigo detalhando o filme radiológico e sua importância na área da saúde. Mergulhe neste tema conosco.

O que é filme radiológico e qual sua finalidade?

O filme radiológico é como um papel fotográfico especial que os médicos usam para ver dentro do corpo humano. Durante um raio-X, os raios atravessam o corpo e chegam até o filme. As partes mais densas, como os ossos, bloqueiam mais os raios, assim deixando a imagem branca. As partes menos densas, como a pele, deixam os raios passarem, criando áreas escuras na imagem. É como uma sombra!

Os médicos analisam essas diferenças entre claro e escuro para identificar ossos quebrados, doenças e outros problemas. Ou seja, essas imagens são importantes para o diagnóstico, planejamento do tratamento e acompanhamento do paciente.

Apesar dos avanços tecnológicos, como a tomografia e a ressonância magnética, o filme radiológico continua sendo usado em todo o mundo por ser confiável e ter um custo relativamente baixo.

Filme radiológico no faturamento hospitalar

Para realizar a cobrança correta por procedimentos com filme radiológico, hospitais e clínicas devem seguir as regras da tabela de preços (AMB ou CBHPM), conforme o contrato com a operadora de saúde.

Enquanto a tabela define a quantidade de filme usada no exame, o contrato com o plano deve indicar o valor, em reais, do metro quadrado do filme.

Vale ressaltar que, o valor do metro quadrado do filme radiológico é definido anualmente pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Veja abaixo o histórico de valores:

Histórico de valores do metro quadrado do filme radiológico (CBR) dos últimos 5 anos:

  • 2024: R$ 38,54
  • 2023: R$ 36,88
  • 2022: R$ 34,92
  • 2021: R$ 31,59
  • 2020: R$ 30,03

Entenda como calcular o valor de um raio-X pela CBHPM

Dois médicos olhando um raio-x. Imagem simboliza ambos conversando sobre o filme radiológico, posteriormente repassado ao faturamento hospitalar para cobrança.

A fim de definir o valor de um raio-X usando a CBHPM, principal tabela atualmente, o profissional deve considerar três elementos principais, contidos no contrato com a operadora de saúde e na tabela:

  • Filme: quantidade de filme radiológico utilizada no exame.
  • Porte: define o nível de complexidade do serviço do hospital, assim impactando no valor final.
  • Unidade de Custo Operacional (UCO): índice que reflete os custos operacionais do hospital.

Veja um cálculo na prática:

Imagine que você precisa calcular o valor de um raio-X com as seguintes informações:

  • Filme: 0,1440 (representa a área do filme em metros quadrados)
  • Porte: 1B
  • Custo de Operação (UCO): 1,220

Valores de referência:

  • Valor do metro quadrado do filme: R$ 38,54 (valor definido para 2024)
  • Fator multiplicador do Porte 1B: 20,00 (valor fixo para este porte)
  • UCO base: 11,50 (valor base definido pela CBHPM)

Cálculo passo a passo:

  • Custo do Filme: 0,1440 (Filme) X R$ 38,54 (Valor do m²) = R$ 5,54
  • Custo do Porte: R$ 20,00 (valor fixo neste caso para o Porte 1B)
  • Valor Operacional: 11,50 (UCO base) X 1,220 (Custo de Operação) = R$ 14,03

Resultado Final: R$ 5,54 (Filme) + R$ 20,00 (Porte) + R$ 14,03 (Custo Operacional) = R$ 39,57

Portanto, o valor a ser cobrado por esse raio-X, considerando os parâmetros fornecidos, seria de R$ 39,57.

Obs: podem ocorrer variáveis, de acordo com o contrato com cada operadora.

E aí, ficou com alguma dúvida sobre o filme radiológico no faturamento hospitalar? Sim? Então, não deixe de enviar seu recado no nosso fórum.