A cobrança de honorários médicos envolve uma série de regras, e com os honorários dos auxiliares de cirurgia não seria diferente.
Os auxiliares de cirurgia são os profissionais que participam ativamente dos atos cirúrgicos, ou seja, ajudam durante os procedimentos.
Para realizar o faturamento desses procedimentos cirúrgicos, o setor financeiro deve conhecer as regras específicas de cobrança, conforme cada operadora. Há tabelas (AMB, CBHPM ou outra do próprio convênio) e parâmetros de remuneração, estabelecidos em contrato, que precisam fazer parte do conhecimento dos faturistas do estabelecimento que presta serviço.
Neste artigo, veja os principais pontos de atenção para cobrar das operadoras os honorários dos auxiliares de cirurgia.
Cobrança de honorários dos Auxiliares de Cirurgia de acordo com as tabelas
Confira a seguir, as principais diretrizes das tabelas CBHPM e AMB referente à cobrança de honorários de auxiliares de cirurgia.
É possível cobrar pelos honorários de até 4 auxiliares, se a tabela CBHPM for estabelecida como referência no contrato. As regras da CBHPM até a edição de 2016 são as seguintes: a valoração dos serviços prestados pelos médicos auxiliares dos atos cirúrgicos corresponderá ao percentual de 30% do porte do cirurgião para o 1º auxiliar; e 20% do porte do cirurgião para o 2º, 3º e 4º.
A partir da CBHPM de 2018, as trativas mudam um pouco. Veja a seguir: 60% do porte do cirurgião no caso do 1º auxiliar; 40% para o 2º e 30% destinado ao 3º e 4º auxiliares.
Entretanto, no caso da tabela AMB, a cobrança de honorários tem outras diretrizes. Estão fixadas as seguintes proporções: 30% do porte do cirurgião para o 1º auxiliar; 20% para o 2º e 3º. Ou seja, essa tabela não prevê o 4º auxiliar.
Perceba observando as informações acima, a importância de consultar o contrato com a operadora antes de realizar os cálculos e cobrar pelos honorários dos auxiliares de cirurgia. Afinal, se os percentuais mudam, os cálculos também têm uma grande mudança.
Lembre-se ainda de observar com atenção a quantidade de auxiliares. Veja esse exemplo: o médico repassou que 5 profissionais fizeram o auxílio, porém se a regra da tabela (estabelecida em contrato) prevê a cobrança de até 3, então apenas 3 auxiliares entrarão nas guias de cobrança. Ainda nessa situação, imagine que o faturista cobrou pelos 5 profissionais, a consequência será a guia glosada por cobrança indevida. Portanto, o financeiro além de retrabalho com os cálculos e tempo perdido com o erro, precisará fazer o recurso de glosa para receber pelos serviços dos auxiliares.
Terminologia de grau de participação
Outro ponto essencial para se atentar na hora de preencher a guia de honorários são os códigos. Cada auxiliar que participou do procedimento, depois deverá estar vinculado a um código preenchido na guia. Para encontrar a terminologia de grau de participação, basta visualizar a tabela 35 da TUSS. Veja a seguir:
No momento de fazer esse preenchimento é importante redobrar o cuidado para que não ocorra a duplicidade de guias e a operadora retorne com o aviso de erro (glosa). Se há dois auxiliares que participaram do procedimento, por exemplo, é necessário que cada profissional tenha um código diferente.
Como a plataforma Validador TISS pode ajudar o seu financeiro?
O sistema Validador TISS é uma ferramenta muito útil na cobrança de honorários médicos cirúrgicos e demais guias TISS. O software compara os seus arquivos XML (guias) com as regras do padrão TISS e TUSS, assim validando os documentos e alertado no caso de erros.
Ao utilizar a plataforma, os profissionais podem entender se as guias estão de acordo com as diretrizes estabelecidas pela ANS. Isso inclui a verificação de códigos, aplicação de percentuais, regras de tabelas e edições, etc.
E aí, você ficou com dúvida sobre esse tema ou tem alguma sugestão? Sim? Então, entre em contato conosco pelo fórum. Vem!