As tabelas de remuneração auxiliam tanto no dia a dia de instituições prestadoras de serviço do setor de saúde, quanto na rotina de convênios médicos. Os documentos ajudam especificamente no faturamento das contas médicas.
Neste artigo, confira o que são exatamente as tabelas de remuneração e para que servem. Acompanhe o conteúdo!
O que são tabelas de remuneração e quais suas funções no faturamento médico?
As tabelas de remuneração são listas de valores e informações usadas pelas operadoras de saúde para realizar a remuneração dos seus credenciados. Esses credenciados podem ser médicos autônomos, consultórios, clínicas, hospitais, laboratórios, entre outros prestadores de serviço.
Primeiramente, esses prestadores realizam a consulta ou tratamento ao beneficiário dos planos de saúde e depois repassam os valores aos convênios. Aliás, muitas vezes, os credenciados também fazem uso de materiais, medicamentos e taxas, conforme a necessidade do paciente. Então, posteriormente, todos os valores desses serviços e itens são enviados às operadoras para pagamento.
Mas, claro, para que todo esse processo ocorra de modo organizado, os planos de saúde já têm tabelas de remuneração preestabelecidas com os valores de cada procedimento, repassadas aos credenciados no contrato. Portanto, a partir desses preços, os convênios remuneram os prestadores, depois que recebem as guias médicas.
Confira as tabelas mais usadas no faturamento médico para padronizar a remuneração:
Procedimentos: tabela AMB e CBHPM.
- A tabela AMB tem sua precificação baseada no coeficiente de honorário (CH). A AMB 90, 92 e 96 são as versões mais utilizadas pelos profissionais. Apesar dessas documentações estarem em desuso desde 2003, ainda há muitos contratados que se baseiam nessas tabelas.
- Enquanto isso, a tabela CBHPM ou Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos é o documento mais atual. Serve como parâmetro para a cobrança e pagamento de procedimentos médicos. Escrevemos um post bem completo sobre arquivo. Confira: Tabela CBHPM: saiba o que é e para que serve!
Materiais e Medicamentos: BRASÍNDICE e SIMPRO.
- O Guia Farmacêutico BRASÍNDICE auxilia como parâmetro para a cobrança de medicamentos, materiais e dietas. Esse documento é atualizado a cada 15 dias, pois esses itens podem passar por alterações periódicas, tanto nos valores quanto na composição dos medicamentos. Por isso, faz-se necessário sempre buscar a versão mais atualizada da BRASÍNDICE para inserir no faturamento (cobrança e pagamento).
- Já a Revista SIMPRO também traz base para valores de medicamentos e dietas, mas nos contratos está mais relacionada aos materiais. Esse Revista passa por atualização a cada 2 meses para o reajuste de materiais. Então, os profissionais que trabalham com o faturamento médico também precisam estar atentos às versões mais recentes.
Diárias, Taxas e Gases Medicinais
Há ainda os preços de Diárias, Taxas e Gases Medicinais, que não estão incluídos nas tabelas citadas acima, pois são itens negociados diretamente entre o prestador de serviço e a operadora de saúde.
Veja os documentos que geralmente servem como base para a negociação dos valores de Diárias, Taxas e Gases Medicinais:
- Tabela 18 do Padrão TISS;
- Acordos Contratuais;
- Negociação com a Operadora;
- Negociação Coletiva (grupo de hospitais ou clínicas que se unem com o objetivo de criar uma padronização de valores dos itens).
Tabelas próprias e Pacotes
Alguns convênios também criam pacotes para padronizar valores. Os pacotes são vários procedimentos ou medicamentos englobados em um único código, formando um valor. Imagine a seguinte situação:
O paciente além da consulta, passou por um procedimento de curativos. Nesse caso, geralmente, o valor deve ser cobrado separadamente (serviço + medicação). Entretanto, se o plano de saúde já estabelecer em contrato um pacote para esses procedimentos em conjunto, o faturista da clínica ou hospital usará como base o pacote para a cobrança.
Obs: os estabelecimentos médicos utilizam as tabelas de remuneração com o objetivo de criar parâmetros para os valores de pagamento e recebimento. Mas independente da forma de seguir com os pagamentos e cobranças, todas as instituições médicas e convênios devem utilizar os padrões TISS e TUSS para o preenchimento das informações na guia, conforme orientação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entenda melhor esses padrões: Qual a diferença entre TISS e TUSS?
Dica Extra
Antes de enviar as guias médicas a outros estabelecimentos, o ideal é fazer a revisão automatizada dos documentos. Ou seja, utilizar um sistema para verificar se os dados estão seguindo as normas e diretrizes necessárias. O sistema grátis VALIDADOR TISS ajuda nessa validação de guias, permitindo que os profissionais ganhem tempo e evitem as glosas. Veja as possibilidades da plataforma: